Dourados
Retaliação Política? Peu Missionário excluído de evento em Dourados
Peu, havia preparado um show especial em homenagem à padroeira da cidade, com participações de suas filhas e outros artistas
JORNAL O PRECURSOR / ANDERSON MORAES MOREIRA
Um episódio envolvendo o missionário e cantor gospel Peu Missionário, uma figura querida no meio cultural e religiosa de Dourados-MS, gerou indignação nas redes sociais na última semana. Conforme relato feito pelo próprio artista, ele teria sido impedido de se apresentar em um evento público por conta de uma possível retaliação política.
Jorge Augusto Ramos Lopes, popularmente conhecido como Peu, foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) nas últimas eleições, foi oposição ao atual prefeito e obteve expressivos 1.076 votos, garantindo a posição de primeiro suplente do partido. Peu utilizou suas redes sociais para manifestar publicamente sua insatisfação, afirmando que teve sua participação em um determinado evento, negada por decisão direta de integrantes da istração municipal.
“Fui proibido de cantar em um evento público simplesmente porque tive a coragem de discordar, de não me calar diante de uma istração incompetente que não conseguiu se manter no poder”, desabafou Peu.
Com mais de duas décadas dedicadas à música e atualmente ativo no segmento gospel, Peu é uma figura marcante no cenário cultural de Dourados. Ele sempre esteve presente em eventos relevantes da cidade, como festividades religiosas e ações sociais, muitas vezes sem cobrar qualquer valor. Seu papel como missionário católico o tornou referência entre os fiéis, especialmente por sua postura de fé e resistência.
O músico revelou que havia preparado um show especial em homenagem à padroeira da cidade, com participações de suas filhas e outros artistas. Contudo, sua proposta foi barrada. Segundo ele, a ordem veio de “cima”, com a justificativa de que sua presença não era bem-vinda.
“A arte não tem lado, não tem dono, ela é do povo, da alma. Quando tentam calar um artista, estão tentando calar um sentimento, uma história que pertence à nossa cidade”, declarou.
Apesar da exclusão, Peu afirmou que continuará participando da programação religiosa em honra à padroeira e manterá seu compromisso com a fé e a cultura. Ele convidou a comunidade a se unir em um ato de resistência e fé, reafirmando sua postura contra o que classificou como “politicagem barata”.
“Podem me tirar do palco, mas não podem tirar minha voz e minha fé”, concluiu.
O caso evidencia como a mistura de política e cultura pode gerar conflitos e expor fragilidades nas relações de poder. Enquanto isso, Peu segue com sua arte e sua missão, mostrando que resistência e fé são forças que nenhuma istração consegue calar.
CONFIRA NA INTEGRA A FALA DO MISSIONÁRIO: