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MS tem 8ª menor taxa de analfabetismo no Brasil
Ao todo, 83 mil pessoas ainda não sabem ler e escrever em MS, ou seja, uma redução de cerca de 3 mil analfabetos em 2024
CORREIO DO ESTADO / ALICIA MIYASHIRO
Nesta sexta-feira (13) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um panorama da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2024 - PNAD Contínua – com o tema Educação, indicando que o 96,3% de taxa de alfabetização de Mato Grosso do Sul coloca o Estado em 8º na posição do ranking nacional.
O índice representa queda de 0,2 ponto percentual em relação a 2023, quando era de 3,9%. Ao todo, 83 mil pessoas ainda não sabem ler e escrever em MS. Em primeiro lugar está o Distrito Federal com a menor taxa de analfabetismo (1,8%), enquanto Alagoas aparece na outra ponta, com o maior índice (14,3%).
Apesar do avanço, o levantamento mostra desigualdades importantes. Entre idosos com 60 anos ou mais, a taxa é 3,5 vezes maior do que entre o restante da população – 12,9%. Eles representam 61,5% do total de analfabetos do Estado.
A disparidade também aparece quando se observa raça e gênero. A taxa entre pessoas pretas ou pardas (4,6%) supera a de brancos (2,6%). Já entre os idosos pretos ou pardos, o analfabetismo atinge 17,1%, mais que o dobro do verificado entre brancos da mesma faixa etária (8,3%).
Por outro lado, os dados reforçam que o o à educação tem avançado entre os mais jovens. Na faixa de 25 anos ou mais, o índice já cai para 4,5%, e entre os de 15 anos ou mais, fica nos 3,7%.
Mulheres seguem mais escolarizadas que homens
A taxa entre homens foi de 3,8% em 2024, contra 3,7% entre mulheres. No entanto, o cenário se inverte entre os idosos: 13,3% das mulheres com 60 anos ou mais são analfabetas, contra 12,4% dos homens.
Além disso, a escolaridade média das mulheres é maior que a dos homens. Elas somam 10,6 anos de estudo, enquanto eles têm média de 10 anos. Essa diferença se amplia em níveis mais altos de ensino: 21% das mulheres com 15 anos ou mais têm ensino superior completo, contra 16% dos homens.
MS tem 9ª maior média de anos de estudo do País
A média geral de anos de estudo em Mato Grosso do Sul é de 10,3, a 9ª maior entre as unidades da federação. O Distrito Federal lidera com 12,1 anos, e a menor média foi registrada na Paraíba (8,5 anos).
Pessoas brancas em MS têm média de 11,1 anos de estudo, enquanto pretos e pardos acumulam 9,7 anos. O dado reforça o impacto das desigualdades raciais no o à educação de qualidade.
Outro dado que chama atenção é que 53,5% dos estudantes de 15 anos ou mais também estão ocupados. O percentual coloca MS na 5ª posição do ranking nacional, liderado por Santa Catarina (58,8%).
Entre os estudantes ocupados, há mais mulheres em número absoluto (90 mil), mas proporcionalmente os homens são maioria: 56,4% deles estudam e trabalham, frente a 51,2% das mulheres.